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A AEG, uma das empresas eletrotécnicas mais importantes da Alemanha, foi fundada em 1887. Combinando tecnologia inteligente com design responsivo, a filosofia da AEG é a “perfeição na forma e na função”. A marca ficou conhecida por ter criado o primeiro berbequim elétrico portátil e a primeira máquina de lavar roupa automática.

AEG: da eletrotécnica à estética funcional

Em 1887, Emil Rathenau fundou a Allgemeine Elektricitäts-Gesellschaft (AEG). De início, a empresa só produzia equipamento elétrico como lâmpadas, motores e geradores, mas a industrialização trouxe a necessidade de melhores ferramentas para a construção de navios, carros e maquinaria. Esta oportunidade de mercado tornou a AEG uma potência crescente em engenharia elétrica, transportes e aparelhos domésticos e permitiu também o fornecimento destes produtos a outras empresas. Em 1898, a AEG lançou o primeiro berbequim elétrico portátil, dando origem às atuais ferramentas elétricas portáteis. Peter Behrens, considerado o fundador do design industrial moderno, foi nomeado consultor artístico da AEG em 1907. A sua filosofia era simples mas poderosa: “perfeição na forma e na função”. Behrens criou produtos mais funcionais, mas com uma estética apelativa, o que levou ao nascimento da identidade corporativa, uma inovação na altura. No seu trabalho para a AEG, Behrens revolucionou não só o design dos produtos como também os materiais publicitários e até os edifícios das fábricas.

A AEG entre a inovação e a controvérsia

Já nos anos 1920, surgiram as primeiras ferramentas elétricas com motores universais. Mais leves e compatíveis com diferentes tipos de corrente, aumentaram a reputação da AEG na produção de ferramentas de alto desempenho que melhoravam as capacidades do utilizador e a produtividade. A empresa sofreu uma grande expansão tendo produzido muitas inovações na área da engenharia elétrica, como o primeiro secador de cabelo, o frigorífico acionado por compressor e ferros com temperatura controlada. A marca entrou nos mercados automóvel e da aviação e iniciou a duradoura parceria com os caminhos-de-ferro alemães para fornecimento de equipamento elétrico.

Durante a 2ª Guerra Mundial, a AEG trabalhou com o Partido Nazi, fornecendo equipamento e material para os campos de concentração e usando trabalho escravo. Mais tarde, numa demonstração de arrependimento, a marca viria a contribuir com outras empresas para os pagamentos compensatórios pagos pela Alemanha aos judeus.

Fusões, reestruturações e a continuação do nome AEG

No fim da Segunda Guerra, a empresa perdeu muitas das suas unidades de produção e teve de se relocalizar no lado oeste da Alemanha. Apesar de uma ligeira retoma, nos anos 70, a empresa debate-se com graves problemas financeiros, passa por fusões e vende setores de negócio a outras empresas. Depois de várias aquisições, a empresa é dissolvida em 1996.

As suas fábricas e setores de negócio são adquiridos por empresas como a Bombardier Transportation, que utiliza a tecnologia AEG nas suas locomotivas TRAXX. Em 2005, o grupo Electrolux adquiriu os direitos da marca, comercializando, atualmente, produtos de telecomunicação, acessórios para carros, eletrodomésticos e ferramentas com o nome AEG. Com o lançamento do primeiro secador com tecnologia bomba de calor e da tecnologia de vapor em fornos domésticos, a marca reposicionou-se na vanguarda da inovação e como referência de eficiência energética.

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